sábado, 31 de dezembro de 2011

Um contente ano novo a todos!!!

TEMPO. . .
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
...
Doze meses dão para qualquer ser humano
se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez
com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui para adiante vai ser diferente…

(Carlos Drummond de Andrade)


Não desejo um feliz ano novo para você, porque não acredito em felicidade plena (pelo menos enquanto estivermos com essa "roupa"), mas desejo um "contente ano novo". Um ano cheio de contentamento, cheio de resignificados e verdadeira esperança.

Não tenha a ilusão de que "TUDO" vai ser diferente ou que "TUDO" vai mudar...também não faça muitos votos para que você não se frustre...

Acredite...no dia 1º você não acordará mais comprometido(a) com a vida ou mais focado(a) e centrado(a) no que é mais importante. Os problemas serão os mesmos, a mesma casa, a mesma vida. Como dizem, dar conselho significa pegar situações ruins de nossa vida, colocar um roupa mais atrativa e passar aos outros, por isso, lhe aconselho a investir mais em ações do dia a dia, em pequenos momentos. Não há uma grande festa lhe esperando lá fora.

Que a verdadeira esperança, que transborda do coração de Deus, faça que cada dia seja uma nova oportunidade de viver de maneira diferente...caso não consiga, não seja tão severo consigo mesmo(a), provavelmente você terá outras oportunidades de continuar...e continuar.

Caso essas palavras o(a) desanimem um pouco, não se esqueça...tudo depende de quem Ele é, e não de quem somos (Que bom!). Ai está a verdadeira Esperança.

Abraços
De seus amigos, irmãos e servos,

Alexander




quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Recordar é viver...para nossa vergonha...



- Matéria veiculada no programa Bom Dia Brasil de 28 de junho de 2007. Relatório da Transparência Brasil, sobre os gastos com a manutenção do poder legislativo brasileiro.
 

 

- Mais de 50 mil pessoas de todo o país, na maioria católicos e evangélicos, se reuniram em Brasília, nesta quarta-feira, 1º de Junho/11, para participar da Marcha pela Família, em frente ao Congresso Nacional. A mobilização quis protestar contra o Projeto de Lei (PL) 122/06 que criminaliza a homofobia no país. (http://www.noticiasdeipiau.com)


mas somente... 


- Cerca de 1.500 pessoas compareceram à marcha contra a corrupção no país nesta terça-feira (20/09/11), no centro do Rio de Janeiro, segundo a Polícia Militar. O evento, organizado pelo movimento “Todos juntos contra a Corrupção”, começou às 17h, e reúne manifestantes vestidos de verde e amarelo na escadaria da Câmara de Vereadores. (http://noticias.r7.com)

 

 



segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A distância entre os ricos e pobres...


"Os ricos fazem tudo pelos pobres,
menos descer de suas costas." 
                                                     (Liev Tolstói)

“Ora, este foi o pecado de sua irmã Sodoma: ela e suas filhas eram arrogantes, tinham fartura de comida e viviam despreocupadas; não ajudavam os pobres e os necessitados. Eram altivas e cometeram práticas repugnantes diante de mim. Por isso eu me desfiz delas, conforme você viu.”
  (Ezequiel 16.49,50)

sábado, 24 de dezembro de 2011

Il Giorno Più Banale, Marco Masini (O dia mais banal))




Giorno Più Banale, Marco Masini (O dia mais banal)

Ainda que você não me conheça e minha língua não entenda,
Quero hoje te escrever, porque este velho mundo está dilacerado
E ainda que nunca te tenha visto, sinto-me muito igual a você


Ainda que sejamos moedas de valor, desvalorizadas por uma realidade miserável,
Somos nesta vida pétalas caídas de uma mesma flor.
Se de vez em quando é você a perdoar a si mesmo,
Se crê em outras religiões
Ou não encontrou ainda Deus e ainda assim o amaldiçoa
Às vezes com ferocidade, por ter perdido a confiança,
O seu sangue, no entanto, queima como o meu.
Ainda que te tenham convencido de que o amor
É a mais mentirosa das verdades,
Se é ainda prisioneiro de um erro que lhe fez apenas mal,


Bom Natal,
Desconhecido irmão distante
Desejo-lhe um bom Natal
Daqui do meu ceuzinho italiano
Não odeie quem quer roubar o seu futuro
Retribua com o bem o mal
Bom Natal


Ainda que a guerra esteja no ar
E todo o mundo se circunde de fronteiras sem liberdade;
Ainda que aos pobres nada reste se não fome e ardis,
Restos dos países ricos, migalhas de generosidade,
Uma mensagem chega ainda das pessoas que todo dia
Ajudam os que não conseguem;
Pela vida que renasce num estábulo,
Por um coração universal,


Bom Natal,
Desarmado irmão distante
Desejo-lhe um bom Natal
E a luz de um campo de trigo.
Não faça isso, não jogue fora este punhado de sonho
E, ainda que você desligue ou mude de canal,
Bom Natal


Ainda que sem um trabalho e sem dignidade,
Ainda que você esteja entupido de felicidade,
Se nesta noite, como que de presente,
Você se encontra só num leito de hospital,
Bom Natal
A um século que morre,
Bom Natal


Meu irmão, não desista jamais;
Corra você também atrás daquela estrela
A vida é uma grande mãe que te embala
Com seu hálito imortal e um oceano de amor


Mesmo sem árvore e presentes para abrir
Mesmo sem toda essa festa artificial
Fosse, como os outros dias,
O dia mais banal,
Bom Natal.


Marco Masini, 1999


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Impostor

"A pessoa que sou e as pessoas que os outros pensam que sou não são, nem de perto, iguais. Quanto mais me sobressaio como discipulo de Jesus, maior é a minha reputação e mais impostor me sinto. MInha vivência fica tão aquém de tudo o que sei! Quanto mais tempo vivo e mais conhecimento adquiro, maior o abismo entre o que sei e o que vivo. A situação piora a cada dia..."
 (parafraseado - Fonte: A maldição do Cristo genérico - Eugene Peterson)


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

10 motivos do porque eu odeio a igreja institucional | Editora Ultimato

Segue abaixo um e-mail que recebi de uma pessoa que amo muito e não tenho como não considerar e relevar seus comentários, além de ser um assunto por demais relevante.

Faço dele minhas palavras e como ele, entendo da importância de buscarmos sabedoria para lidarmos com a situação, que é muito complicada. Acredito também, que certos comentários possuem mais força e validade quando dito por pessoas que dão a vida pela igreja (independente qual delas venha a sua mente), também acho que o autor foi infeliz quanto a palavra "odeio", entendo a sua indignação e participo dela, mas acredito que outra palavra seria mais adequada.

Quanto ao mais, que todos nós possamos ter em mente que a ação da igreja parte da soma das ações de todos que dela participam. Está infeliz com algo? Saiba que sua oração e ação é a maior diferença que você poder fazer, e assim, ser exemplo.

Que Deus nos abençoe e tenha misericórdia de todos nós!

AlexBerestinas

--
E-mail:

Link:
http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/10-motivos-do-porque-eu-odeio-a-igreja-institucional#.Tt-xmc5GqIs.email

O pior é que concordo com o que o autor do texto escreve!!!!

É duro dizer o que acabo de dizer, mas é a realidade...Mas também, não conseguiria deixar a igreja local!

Creio profundamente que o que o autor escreveu é verdade e deve ser analisado com cuidado por todos e não simplesmente ignorado como alguns fizeram com o texto nos comentários.

A igreja deve ser mais participativa e comunitária e menos institucional, profissional e corporativa... Antes de serem uma instituição são grupos de pessoas que se amam e convivem conjuntamente e participam da vida um dos outros... A igreja deve ser também como uma estalagem para descanso e refrigério dos viajantes da vida cristã, daqueles que caminham lado a lado e se sustentam mutuamente, que constroem as experiências diárias...

Acredito na igreja (tida como local ou institucional) e na igreja "invisível", mas além de acreditar nelas acredito que nós cristãos precisamos resignificar (uma palavra que ouvi novamente estes dias) o conceito e a prática do que é ser igreja!


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Um VERDADEIRO Natal a todos!

O Natal não é um só

"O Natal não é um só: um é o Natal do egoísmo e da tirania, outro é o Natal da abnegação e da diaconia; um é o Natal do ódio e do ressentimento, outro é o Natal do perdão e da reconciliação; um é o Natal da inveja e da competição, outro é o Natal da partilha e da comunhão; um é o Natal da mansão, outro é o Natal do casebre; um é o Natal do prazer e do amor, outro é o Natal do abuso e da infidelidade; um é o Natal no templo com orquestra e coral, outro é o Natal das prisões e dos hospitais; um é o Natal do shopping e do papai noel, outro é o Natal do presépio e do menino Jesus." (Ed René Kivitz)

"Resignificação".
A neurolinguística utiliza esse método para fazer com que pessoas possam atribuir novo significado a acontecimentos através da mudança de sua visão de mundo. O significado depende do filtro pelo qual o vemos. Quando alteramos a lente que vemos o mundo, mudamos o significado do acontecimento, e isso se chama resignificar. Quando o significado se modifica, as respostas e comportamentos se modificam. Idéias tem consequências, o que pensamos e achamos, de um modo ou de outro, transformamos em ações.

Entendo que algumas situações na vida são especiais para que possamos resignificar vários conceitos, e a palavra que uso para traduzir essas situações é "crise". Não há melhor momento como esse para que tudo seja testado, provado e consequentemente desconstruido. A crise, como um trator pronto para ir de encontro a uma edificação, coloca a prova, testa todos fundamentos de nossa vida. As estruturas são abaladas, muitas delas não se sustentam, e quando o trator cumpri seu papel, temos a possibilidade de verificar de que material nossos fundamentos eram formados. Com certeza o choro cabe nessas horas, mas logo devemos levantar, limpar as lágrimas, o pó de nossa roupa e continuar a viver, resignificando o que sobrou, contruindo novos significados.

O que desejo para você são muitas "crises", que várias áreas de nossa vida possam ser resignificadas, dentre elas o conceito do Natal. Que tudo em sua vida se ajoelhe perante Jesus, perante esse acontecimento histórico e extraordinário.

Por isso, um verdadeiro Natal para você...quem sabe você não receba alguma crise de presente?


Que Deus os abençoe,
Alexander


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Não falando com pouco ensino



http://www.baciadasalmas.com/2011/nao-falando-com-pouco-ensino/


Sem pedir pelanca a gato - J. Borges (www.baciadasalmas.com))





http://www.baciadasalmas.com/2011/sem-pedir-pelanca-a-gato/


Cantadores de violas - J. Borges






































http://www.baciadasalmas.com/rubricas/cebazol-em-gotas/

sábado, 3 de dezembro de 2011

A distância entre a justiça e a caridade (Daniel Oudshoorn)

Nos textos que seguem procuro empregar o Novo Testamento e alguns elementos das tradições cristãs a fim de complicar a correspondência que costumamos crer existir entre caridade e justiça social. Embora um bom número dos cristãos que trabalham em organizações de caridade tenha sido atraído para esse trabalho inspirado por um compromisso com a visão bíblica de justiça, acontece que com frequência essas organizações de caridade – quer sejam ou não cristãs – estão na verdade envolvidas na perpetuação e na consolidação da injustiça, da exploração e da opressão. Consequentemente, aqueles que estão pessoalmente comprometidos com a justiça acabam tornando-se inadvertidamente instrumentos de injustiça; ou, para usar uma linguagem um pouco diversa: os que desejam conceder vida acabam se tornando traficantes de morte.

Dizendo de modo mais sucinto, pretendo levar aqueles que trabalham numa organização de caridade a ponderar qual é a relação dessa sua obra com [a] conferir vida aos outros e [b] seguir Jesus. Com esse fim, procurarei contrastar algumas características da caridade, como praticada hoje, com algumas características do ministério de Jesus.

Antes de fazer isso, no entanto, quero fazer uma única observação sobre a linguagem que estou empregando. Prefiro em geral evitar o termo “justiça” em conversações como esta. Estou incluindo o termo aqui logo de início porque creio que seja um tema importante neste curso de discussão. Porém prefiro não usar essa terminologia, porque a considero popular entre gente que gosta de falar muito e acaba confundido falação com atitude concreta. Muita gente parece achar que se torna mais “justa” A caridade é hierárquica; Jesus operava numa comunidade não hierárquica de gente pobre que buscava a mudança de baixo para cima.porque fala ou pensa a respeito de “justiça”, por isso é às vezes necessário mudar os termos da discussão.

Semelhantemente, muita gente tem ideias estranhas sobre o que constitui “justiça”. Alguns cristãos conservadores, por exemplo, acham que o trabalho das sweat shops do terceiro mundo – fábricas com péssimas condições de trabalho e baixo salário, onde são manufaturados grande parte dos bens consumidos no ocidente – é um modo “justo” de se desenvolver outras economias e uma alternativa “justa” para quem poderia estar se prostituindo ou algo semelhante. Outros acham ainda que estamos lutando uma guerra “justa” contra o terror no Afeganistão ou, aliás, contra o povo do Haiti, da Palestina e da Líbia.

Por essa razão, em vez de usar esses termos, prefiro falar em termos de vida e morte. Na qualidade de seguidores de Jesus e de adoradores do Deus que chamava Jesus de seu Amado, creio que somos chamados a dar testemunho e participar da (nova) criação de um mundo em que uma vida abundante esteja ao alcance de todos, e não seja simplesmente apoderada por uns poucos às custas de muitos. Esse chamado requer duas posturas correlatas: devemos produzir e participar daquilo que confere vida e devemos resistir, subverter e destruir aquilo que propicia a morte. É isso o que requer não apenas a visão bíblica de “justiça”, mas a mais fundamental visão bíblica do que significa ser filho Deus e, num nível ainda mais básico, do que significa ser humano.

Isso, creio, é especialmente verdadeiro no que se refere às maneiras como entendemos “caridade” hoje em dia, por isso quero destacar alguns dos modos em que a caridade resvala no terreno daquilo que propicia a morte, em contraste com as posturas doadoras de vida da comunidade reunida ao redor de Jesus. Isso se faz através da análise de sete contrastes.

Primeiro contraste:

A caridade é hierárquica, fluindo de cima para baixo, e essa estrutura e disposição asseguram a sua impotência.

Jesus operava numa comunidade não-hierárquica de gente pobre que buscava a mudança de baixo para cima, e essa estrutura e disposição asseguravam a possibilidade a criação de mudança que confere vida.

À primeira vista esse contraste pode não parecer tão importante quanto é, em termos de participar daquilo que confere vida ou contribuir para aquilo que propicia a morte. Diversos contrastes importantes, no entanto, são desdobramento deste. É necessário observar e questionar, portanto, a diferença entre as posições sócio-econômicas e suas correspondentes trajetórias de mudança – de baixo para cima e de cima para baixo.

Começando com a caridade – e uso o termo para referir-me àquele tipo de coisa que fazem agências como The Gateway e a Yonge Street Mission, – há uma hierarquia muito clara em vigor, uma hierarquia que ao mesmo tempo imita e sobrepõe-se à hierarquia estrutural da sociedade.

O modo mais evidente de se observar isso é levantando-se perguntas relacionadas a dinheiro, acesso a informação e o poder de efetuar mudanças dentro da organização. Quem ganha quanto? Quem sabe o quê? Quem pode fazer o quê? As respostas a essas perguntas revelam de que modo o poder está distribuído e onde está concentrado, a despeito da retórica que os serviços sociais amam empregar, de que todos os envolvidos são estimados igualmente. Se fosse verdade, todos receberiam o mesmo, teriam igual acesso à informação e teriam a mesma autoridade pare efetuar mudança dentro da organização. O mesmo, naturalmente, é válido para qualquer cristão que fala sobre “liderança de serviço”, “valores do reino” ou o quer que seja. Qual foi a última vez que você viu um “líder servo” recebendo salário menor do que os membros da sua equipe? Qual foi a última vez em que você conheceu um “líder servo” que limpava os banheiros do dormitório ou do escritório?

Portanto, quando analisamos a questão do dinheiro, do acesso à informação e do poder de efetuar mudanças, encontramos na caridade o mesmo tipo de hierarquia que prevalece em empresas, governos e outras instituições. Com respeito a isso, é sempre instrutivo comparar-se, por exemplo, os quatro níveis de pessoas dentro de uma organização dessa natureza. Quanto ganham os assistidos? Quando ganham os zeladores? Quanto ganham os envolvidos na linha de frente? Quanto ganha o diretor executivo?

Você provavelmente não sabe a resposta a essas perguntas, porque não se espera que as pessoas na base da pirâmide saibam o quanto ganham os demais – o que demonstra o meu segundo ponto. Quanta informação a respeito do funcionamento interno da instituição de caridade podem acessar os assistidos, os zeladores, os funcionários da equipe de atendimento e o diretor executivo?

Em terceiro lugar, quanto poder têm os assistidos, os zeladores, a equipe de atendimento e o diretor executivo para mudar as coisas dentro da instituição?

Essas três áreas demonstram uma hierarquia muito claramente demarcada operando dentro de instituições de caridade cristãs, replicando os modelos hierárquicos estabelecidos da sociedade.

Outro exemplo dessa imitação está em que aqueles que ocupam as posições mais altas tendem a ter de um perfil socioeconômico mais elevado do que aqueles que ocupam posições inferiores, e tendem também a ter um nível mais alto de escolaridade. A profissionalização das obras de caridade tem se difundido rapidamente nas últimas décadas. Por um lado, isso praticamente assegura que os funcionários de linha de frente provenham quase todos de uma classe social diferente da dos assistidos que servem – alienando deste modo ainda mais a caridade da efetiva comunidade que alega servir, e garantindo também que a equipe assistencial esteja provavelmente mais entranhada dos valores dominantes da sociedade. Por outro lado, isso assegura que aqueles em cargos de gestão tenham recebido a maior parte da sua instrução na área de administração de negócios – garantindo desse modo que os valores e a cultura de classe dos encarregados da direção sejam ainda mais distantes daqueles dos assistidos do que os da equipe de atendimento.

Essencialmente, a direção de uma instituição de caridade tende a ser composta por gente bem intencionada que vive tão distante das realidades da vida nas ruas e do que poderia de fato representar incremento de vida às pessoas marginalizadas que acabam fazendo mais mal do que bem (para mais sobre esse assunto recomendo enfaticamente a coletânea The Revolution Will Not Be Funded: Beyond the Non-Profit Industrial Complex).

É interessante observar que essa estrutura hierárquica esteja tão fortemente entranhada nas caridades cristãs. Mover-se dentro desse tipo de ambiente é ser simplesmente ensinado a partir do pressuposto de que o funcionamento natural das coisas requer que algumas pessoas tenham um salário bem maior que as demais, que algumas pessoas saibam bem mais do que as demais e que algumas pessoas tenham mais poder para efetuar mudança do que as outras.

Embora um grande número de instituições da caridade cristãs alegue ter como propósito assistir os necessitados e eliminar certas linhas divisórias, elas ainda assim reproduzem e aceitam como coisa natural muitas das linhas demarcatórias mais centrais da nossa sociedade – como, por exemplo, aquela entre uns poucos ricos e poderosos e uma maioria pobre e sem voz ativa.

Que isso é um fato consumado fica bem ilustrado no livro de Greg Paul, The Twenty Piece Shuffle: Why the Poor and Rich Need Each Other. Greg, como se sabe, escreveu esse livro na qualidade de diretor da Sanctuary, e creio que a obra funciona um pouco como uma apologética da classe média; parece ter sido o modo pelo qual Greg procurou conciliar o seu modo de vida confortável com o fato de viver cercado de gente pobre. Assim, Greg explica que somos todos gente falha, e fala do modo como os pobres são capazes de impactar positivamente as falhas dos ricos e vice-versa. Desse modo, escreve ele, os pobres e os ricos precisam uns dos outros. O pressuposto não-declarado é que é na verdade necessário que exista gente rica e gente pobre. Faria mais sentido se Greg tivesse escrito um livro que se perguntasse por que existe gente pobre e gente rica em primeiro lugar, e por que não podemos fazer alguma coisa para criar um espaço neste mundo em que não haja nem pobreza nem riqueza, mas o suficiente para todos. Isso, na minha opinião, estaria mais alinhado com a visão bíblica de como devemos estruturar nossa vida comunitária.

Dito isso, apesar da profissionalização da obra social, apesar das boas intenções de todos os envolvidos, apesar do estabelecimento de hierarquias projetadas para dar autonomia aos indivíduos certos e apesar da abundância de instituições de caridade existentes hoje em dia, aparentemente não estamos fazendo muita diferença. A elite dos poucos continua a se tornar cada vez mais rica. A maioria pobre continua a crescer e a ficar mais pobre. A cada ano o número de sem-teto é maior. Cava vez mais gente recorre à cesta básica. Cada vez mais gente vive à distância de um cheque de perder sua casa.

A caridade tem se mostrado positivamente incapaz de realizar algo de significativo – além de, naturalmente, dar a gente como eu e você um crescente mercado de trabalho e um pouco mais de segurança financeira. Alguns diriam que a resposta ao problema da impotência da caridade está em articular mais conexões com a elite, em angariar mais dinheiro e trabalhar por um maior nível de profissionalização. Porém eu gostaria de sugerir que a impotência das iniciativas de caridade é, em parte, gerada pelas conexões com a elite, pelo dinheiro angariado e pelos profissionais envolvidos.

Com isso em mente, devemos examinar a posição e a estrutura do movimento que aglutinou-se ao redor de Jesus.

Para começar, pode ser necessário mencionar que no tempo de Jesus havia estruturas de caridade hierárquicas similares às que temos hoje. Os sistema de clientelismo e de beneficência – pelos quais os abastados ajudavam a cuidar dos menos afortunados ou faziam doações públicas a cidades inteiras – estavam bem estabelecidas ao longo de todo o mundo mediterrâneo. Em retribuição, os ricos e poderosos podiam esperar lealdade e serviço de seus vassalos, bem como reverência e honra em questões tanto públicas quanto privadas. Desse modo, aqueles que com frequência saqueavam cidades inteiras eram publicamente honrados como moralmente superiores aos outros. Os ricos e poderosos apropriavam-se não apenas de bens, mas ainda do próprio bem. Deve ser também dito que, à parte as obras públicas como aquedutos e fontes, essa forma de caridade era exercida quase exclusivamente em favor dos pobres “que mereciam”, sendo negada aos que eram considerados “não merecedores”.

É interessante notar como o movimento de Jesus recusa-se por completo a participar desse sistema de patronagem, a fim de criar um modo alternativo de estruturar a vida comunitária. Assim, por exemplo, Jesus encoraja as pessoas a dar sem esperar retribuição (Lucas 6:34-36) – uma forma de partilha que contradiz por completo a lógica da patronagem, passada ou presente. Jesus, além disso, apela para uma ética e uma economia fundamentada na noção de jubileu; em especial o perdão de débitos monetários (Lucas 4:18-19; 11-14) vai de encontro a qualquer forma de caridade praticada naquela época. Isso não é caridade, é redistribuição econômica em favor dos necessitados (ver o comentário de Joel Green sobre o evangelho de Lucas; também o livro de Bruce W. Longenecker, Remember the Poor: Paul, Poverty and the Greco-Roman World).

Ou seja, ao contrário de participar das consagradas práticas hierárquicas de assistência que existiam em sua sociedade, Jesus escolheu participar da criação de uma comunidade igualitária que compartilhava uma solidariedade vivida com os pobres.

A fim de focalizar essa solidariedade vivida devemos, em primeiro lugar, observar que Jesus não interagia com os pobres e marginalizados à distância. Assim, em Lucas 9:58 ele declara: “As raposas tem suas tocas e as aves do céu tem seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. Jesus não trabalhava com os outros; ele era, ele mesmo, o outro com o qual trabalhamos. O mesmo é válido para a comunidade ao redor dele. Em sua companhia vemos prostitutas lavando seus pés com lágrimas e enxugando com o cabelo. Vemos terroristas como Simão, o zelote, lado a lado com pelegos e reacionários como Mateus, lado a lado com gente proletária como Pedro e João. Vemos os intocáveis e os enfermos sendo acolhidos como tocáveis e saudáveis. Vemos os pecadores e os malditos acolhidos como perdoados e salvos. Tudo considerado, um observador de fora provavelmente descreveria essa como uma comunidade de fodidos, desajustados, criminosos e idiotas – não exatamente o tipo de companhia que encontramos no quadro de funcionários de uma instituição de caridade. Ainda assim esses eram os amigos, a família, os companheiros e os amantes de Jesus. Não eram seus assistidos.

Em segundo lugar, essa era uma comunidade não-hierárquica. Embora alguns deles competissem constantemente para serem vistos como mais prestigiosos do que os outros – como quando Tiago e João pediram para sentar-se à sua direita e à sua esquerda (Mateus 20:20-28) – Jesus era inflexível em sua postura de que todos os membros da comunidade deveriam esforçar-se para ser escravos dos outros, honrando os outros mais do que a si mesmos, mesmo que isso significasse tarefas humilhantes e vergonhosas como lavar os pés de outra pessoa (conforme João 13:1-17).

Com a vida comunitária estruturada dessa forma, os que haviam sido marginalizados na sociedade recebiam posições de proeminência ao lado de todos os demais. Por exemplo, vemos que as mulheres desempenhavam um papel de destaque no movimento de Jesus. Não apenas exerciam liderança, mas eram tidas como dignas de maior honra do que homens. Na cruz apenas as mulheres ficaram perto de Jesus. Não é de se surpreender, portanto, que quando Jesus ressurge dos mortos são as mulheres a ter o privilégio de receber a mensagem da notícia. São elas as primeiras a agirem na qualidade de apóstolos, pregando as boas novas aos onze e ao restante dos integrantes do movimento. É por isso que Jesus disse que é necessário que sejamos eunucos pelo reino de Deus (Mateus 19:12): ele não quis dizer que os homens devem abrir mão de suas bolas; ele quis dizer que os homens precisavam abrir mão da autoridade que sua cultura lhes concedia, e passar a relacionar-se com as mulheres como iguais.

É claro que falar de líderes – sejam mulheres ou não – parece contradizer a ideia de uma comunidade não hierárquica, então é importante enfatizar que a modalidade de liderança praticada nos primórdios do movimento de Jesus não era institucionalizada e não era restrita a determinadas pessoas e determinadas classes de pessoas. Emprestando o termo de Max Weber, tratava-se do que os sociólogos chamam de “liderança carismática”. Essas são pessoas que operam em papéis de liderança porque algo nelas diz algo ou ressoa de modo poderoso diante do restante da comunidade. Desse modo, sua liderança depende estritamente da aprovação comunal de suas palavras e suas ações. É por isso que Paulo, em suas cartas e apesar de todas as alegações que faz sobre ele mesmo e seu papel, está constantemente pedindo para ser ouvido. Ele só tem autoridade porque a comunidade escolhe dar a ele autoridade, e essas autoridade pode ser revogada a qualquer momento.

Se os líderes representavam a comunidade, eram aceitos; se deixavam de representar a comunidade, perdiam toda a autoridade. Não é de se admirar, portanto, que os que tendiam a ser aprovados como líderes nas assembleias locais dos seguidores de Jesus eram aqueles que mais e melhor serviam essas assembleias. Se fossemos compor uma lista contemporânea de “líderes” como os mencionados nas cartas de Paulo, faria mais sentido se elencássemos nossos zeladores, não nossos diretores ou membros do conselho.

Além disso, os ricos e poderosos, os compassos morais da sociedade, os que receberam uma boa instrução e aqueles que orquestravam as formas mais institucionais de caridade – os profissionais – estão notavelmente ausentes dos primórdios do movimento de Jesus. Isso não quer dizer que Jesus não recebia assistência ocasional de doadores ricos, como as mulheres mencionadas em Lucas 8:2-3, e outras casas que o hospedavam. O que quer dizer é que os que apoiavam o movimento desse modo não deviam esperar receber coisa alguma em troca (conforme Marcos 3:32; Lucas 9:4; 10:38). Sendo assim, dado que nenhum patrono da antiguidade prestava assistência aos verdadeiramente miseráveis, mas fazia o que eram meramente “investimentos racionais”, prover o movimento de Jesus com riqueza e bens traria na verdade vergonha e desonra sobre qualquer doador, além de causar a perda de uma parte da sua riqueza. Essa atitude seria vista como uma tentativa de envergonhar aqueles em posição mais elevada na hierarquia do poder, que esperavam que a riqueza e os bens se fluíssem sempre na sua direção.

Essencialmente, fazer doações a Jesus e a seu grupo seria visto como dar uma banana aos poderosos, e isso invariavelmente traria repercussões negativas para qualquer um que desse apoio a Jesus. Essa postura os arrastaria para um processo de declínio sócio-econômico.

Desse modo, qualquer doação externa era realizada a fundo perdido – um investimento desperdiçado que envergonhava os doadores, levava-os a perder tanto dinheiro quanto status e prejudicava as suas próprias relações com outros ricos e poderosos. Perceba quão radicalmente diferente é isso do que acontece com os que apoiam hoje em dia as nossas instituições de caridade. Veremos num momento qual é a causa disso.

Por enquanto, o que vemos em Jesus é um movimento não hierárquico que existe em solidariedade vivida com gente pobre e sem instrução. Marcadamente ausentes estão aqueles que prestam assistência profissionalmente – e os que apoiam o movimento financeiramente sofrem um bocado por fazê-lo. No entanto, talvez seja em parte essa a razão pela qual o movimento de Jesus foi bem sucedido de tantas maneiras em que os nossos próprios esforços têm falhado. Isso veremos.

Daniel Oudshoorn, numa palestra apresentada
a assistentes sociais que trabalham na Yonge Street Mission em Toronto,
uma das mais respeitadas e antigas instituições de caridade
engajadas na assistência a moradores de rua daquela cidade.



terça-feira, 29 de novembro de 2011

Final feliz - Paulo Brabo (07 de Abril de 2005) - www.baciadasalmas.com

Esse menino, Francis Fukuyama, tem mais fé do que eu.

Em 1992, diante de maravilhas recentes como a queda do Muro de Berlim (1989), Fukuyama começou a divulgar o Fim da História – não no sentido de que nada mais vai acontecer, mas no sentido de que a partir de agora, neste estágio da civilização, nenhuma mudança importante «O capitalismo gerou o melhor dos mundos possíveis.»pode ou deve acontecer. Fukuyama interpretava a desintegração da ala comunista do mundo como um sinal do triunfo final da idéia mais perfeita de todas: a democracia liberal capitalista.

Fukuyama cria (e aparentemente ainda crê) que no início da década de 1990 o mundo havia finalmente abandonado a “moralidade escravagista” das visões de mundo anteriores, alcançando dessa forma a plena maturidade social, histórica e política. Em especial, aquele momento da História teria representado o rompimento final da humanidade com distrações infantis como o cristianismo e o comunismo:
O cristianismo e o comunismo eram ambos ideologias escravagistas que capturavam parte da verdade. Porém no decorrer do tempo as irracionalidades e contradições internas de ambos foram reveladas. O colapso da ideologia marxista no final dos anos 1980 refletiu, num certo sentido, o alcançar de um nível mais elevado de racionalidade por parte dos que viviam nessas sociedades, e a sua percepção final de que o reconhecimento racional universal (sic) só pode ser alcançado numa ordem social liberal.
O círculo fechou-se e todas as questões e tensões da História teriam se resolvido, sustenta Fukuyama, neste nosso mundo pós-cristão e pós-comunista. Cristãos primeiro, comunistas mais recentemente, enxergaram ambos a Luz. Não existe História além do capitalismo porque “não existe uma alternativa concebível capaz de prover um espectro tão grande de benefícios tanto econômicos quanto sociais”.

A nova crença, expressa por Fukuyama mas abraçada inconscientemente por todos, é que o capitalismo gerou o melhor dos mundos possíveis. O novo evangelho é que a humanidade alcançou o nirvana e tudo que resta fazer é “normatizar” a democracia capitalista: aparar as poucas arestas que ainda restam. Fora isso, é só alegria.

Acredite, naturalmente, se quiser. 

Não é preciso fé para ver que o cristianismo e o comunismo, da forma como foram colocados em prática historicamente, não serviram para solucionar as tensões da história e promover a justiça e a satisfação que prometiam. O reino de Deus que Jesus desafiou os seus seguidores a implantar ou descobrir permanece, em especial, tão ou mais longe da efetivação do que quando ele o esboçou.

Mas a fé requerida pela crença expressa por Fukuyama é, do meu ponto de vista, muito maior. Naturalmente, hoje em dia todos crêem na justiça inerente do capitalismo, e ninguém proporia uma alternativa à democracia sem correr o risco de ser queimado como herege nas novas fogueiras. Quando Bush frita o Iraque No capitalismo, todos os homens nascem iguais – e desse ponto em diante cabe a cada um se virar para resolver esse problema.para libertá-lo com o poder redentor da democracia capitalista, ele está sendo apenas sensato – e bonzinho. Se o capitalismo está envolvido, o final será inevitavelmente feliz.

Dito de outra forma, para o cristão e para o comunista todos os homens são iguais no sentido de serem merecedores dos mesmos privilégios (diante de Deus e do Estado), não importa o que façam. No capitalismo, todos os homens nascem iguais – e desse ponto em diante cabe a cada um fazer o que pode para resolver esse problema.

Já que eu sou o mais forte, vamos brincar assim: o mais forte ganha.


terça-feira, 26 de julho de 2011

Quino - Cartunista argentino autor do cartoon" Mafalda"

Quino, o cartunista argentino autor  de Mafalda, desiludido com o rumo deste século no que diz respeito a valores e educação, deixou impresso no cartoon o seu sentimento...








Precisa falar mais alguma coisa?...


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Novo CD do músico Gustavo Messina - "Parceiros"

My Photos por

Não deixe de conferir seu trabalho no link http://www.myspace.com/gugamessina
Recomendo!

Leia abaixo sua biografia.

Gustavo Messina Natural de Brasília /DF. Bacharel em administração, decidiu seguir a carreira musical por vocação. Desde muito garoto participava das rodas de violão da família, onde a musica brasileira éra o ponto de encontro. Influenciado por esses encontros familiares em 1994 começa a estudar teoria musical na Escola de Música de Brasília. Tendo que interromper os estudos se muda para Florianópolis. Apaixonado pela musica brasileira e principalmente pelo violão e a guitarra continua seus estudos de forma auto didata. Após alguns anos vem descobrir sua outra paixão o "Jazz" que muda radicalmente a forma de pensar e expressar sua música. Hoje proprietário do Estúdio Garatéia traballha com arranjos, gravações e produções para todo país. Atualmente está lançando seu novo trabalho intitulado "Parceiros". Com participação de grandes parceiros, como: Marco Brito, Thiago Espírito Santo, Neto Fernandes, Edu Almeida, Uilliam Pimenta, Sito Lozzi, Osvaldo Pomar.



quarta-feira, 22 de junho de 2011

A árvore generosa (Shel Silverstein)



 E o menino amava aquela árvore... 

Minha oração hoje é poder ser como essa árvore...
 
 
A árvore generosa (Shel Silverstein)

Havia uma vez uma árvore que amava um pequeno menino.
Todos os dias o menino vinha e recolhia suas folhas para fazer com ela uma coroa e brincar de rei do bosque.
Subia por seu tronco, balançava em seus galhos e comia maçãs.
E brincavam de esconde-esconde.
E quando estava cansado, dormia embaixo de sua sombra.
O menino amava a árvore. E a árvore era feliz.
Mas o tempo passou, o menino cresceu e a árvore estava sempre sozinha.
Porém um dia o menino veio até a árvore e ela lhe disse: “Vem, menino, vem e sobe em meu tronco, balança por entre meus galhos e come maçãs, e brinca em minha sombra e sejas feliz”.
Já sou muito grande para subir e balançar – disse ele – quero comprar coisas e divertir-me, necessito de dinheiro, podes dar-me?
Eu sinto – disse a árvore – mas não tenho dinheiro. Só tenho folhas e maçãs. Colhe minhas maçãs e vende-as na cidade, assim terás dinheiro e serás feliz.
Assim, ele subiu na árvore, recolheu as maçãs e as levou.
A árvore se sentiu feliz.
Porém, passou muito tempo e seu menino não voltava e, a árvore estava triste.
E então, um dia, o menino regressou.
A árvore se agitou alegremente e lhe disse: “Vem menino, sobe em meu tronco, mete-te em meus galhos e sejas feliz”.
Estou muito ocupado para subir em árvores – disse ele. Necessito de uma casa que me sirva de abrigo. Quero esposa e filhos e, por isso quero uma casa, podes dar-me?
Eu não tenho casa – disse a árvore – o bosque é o meu lugar, mas podes cortar meus galhos e fazer uma casa. Então serás feliz.
O menino cortou os galhos e os levou para construir sua casa.
E a árvore se sentiu feliz.
Porém passou muito tempo e seu menino não voltava.
E quando regressou, a árvore estava tão feliz que apenas podia falar. Vem, menino – sussurrou – vem e brinca.
Estou muito triste para brincar – disse ele – quero um barco que me leve longe daqui. Podes dar-me?
Corta meu tronco e faze um barco – disse a árvore – então poderás navegar longe e serás feliz.
O menino cortou a árvore fez um barco e navegou para longe.
E a árvore se sentiu feliz, mas não plenamente.
E depois de muito tempo, seu menino retornou novamente.
Sinto, menino – disse a árvore – mas já não tenho nada para dar-te. Não sobraram maçãs.
Meus dentes são muito fracos para comerem maçãs – respondeu.
Já não tenho galhos – disse a árvore – não podes mover-te entre eles.
Estou muito velho para mover-me entre os galhos – respondeu ele.
Já não tenho tronco – disse a árvore. Tu não podes subir.
Estou muito cansado para subir – disse ele.
Sinto – lamentou-se a árvore – quisera poder dar-te algo, mas já não me sobrou nada. Sou apenas um velho toco, sinto muito.
Eu não necessito muito agora – retrucou o menino – só um lugar tranqüilo pra repousar. Estou muito cansado.
Bem – disse a árvore, reanimando-se – um velho toco é bom para sentar e descansar. Vem menino, senta-te, senta-te e descansa.
E ele se sentou.
                              E a árvore estava feliz.


terça-feira, 21 de junho de 2011

O ser humano e o poder

Acredito que em poucas frases e palavras conseguimos resumir a relação do ser humano e o poder.
Se você duvida disso, que tal conseguir um pouco de poder? Com certeza você ja tem, e muitos...


“A soberba do homem o abaterá, mas a honra sustentará o humilde de espírito.” (Povérbios 29.23)

"Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder." (Abraham Lincoln)

"Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Essa minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e pôr-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana." (Mikhail Bakunin 30/05/1814 – 01/07/1876), filósofo anarquista russo do século XIX, defendia que as energias revolucionárias deveriam ser concentradas na destruição das “coisas”, no caso, o Estado, e não das “pessoas”.
 
 
"Nenhum homem conquista o poder, é o poder que conquista o homem." ( Pierre-Joseph Proudhon)


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Transmissão Ao Vivo do Congresso Haggai 2011

Você, sua família e seus amigos têm a oportunidade de assistir à programação do Congresso Haggai 2011, nos dias 17 a 19 de Junho, pela transmissão ao vivo.
A transmissão será de toda a celebração, incluindo louvor, vídeos e as seguintes mensagens:

Sexta, 17 de Junho - Noite (20:00-22:00)
  • Ebenézer Bittencourt
    Abertura do Congresso
    Siga-Me: a Vida para a Qual Fomos Chamados
  • Ed René Kivitz
    Siga-Me e Acharás Vida
    A Prioridade do Discípulo
Sábado, 18 de Junho - Manhã (08:00-12:00)
  • Ricardo Agreste
    Siga-Me e Ouça Somente a Minha Voz
    A Exclusividade do Discípulo
  • Alex Dias Ribeiro
    Siga-Me e Aprenderás Comigo
    A Escola do Discípulo
Sábado, 18 de Junho - Noite (20:00-22:00)
  • Jeremias Pereira
    Siga-Me e Eu o farei um Pescador de Homens
    A Tarefa do Discípulo
Domingo, 19 de Junho - Manhã (08:00-12:00)
  • Edson Barbosa
    Siga-Me e Terás Tesouro e Honra
    A Recompensa do Discípulo
  • Ebenézer Bittencourt
    Siga-Me e Apascenta Meus Cordeiros
    A Restauração do Discípulo

    Para assistir à transmissão ao vivo, você precisa acessar o link abaixo e informar seu nome, cidade, estado e um e-mail válido para onde enviaremos o seu Link de Acesso pessoal.
    Encaminhe essa mensagem para sua família e amigos, para que eles também possam ser abençoados por essas mensagens.

    Você pode seguir o Haggai Brasil no Twitter e no Facebook para ser avisado quando as transmissões estiverem acontecendo e também sobre futuros eventos ou novidades.

    Aproveite também para visitar a página de Vídeos do Haggai com dezenas de palestras de Congressos anteriores, devocionais, testemunhos e apresentações de eventos do Haggai.