quarta-feira, 22 de junho de 2011

A árvore generosa (Shel Silverstein)



 E o menino amava aquela árvore... 

Minha oração hoje é poder ser como essa árvore...
 
 
A árvore generosa (Shel Silverstein)

Havia uma vez uma árvore que amava um pequeno menino.
Todos os dias o menino vinha e recolhia suas folhas para fazer com ela uma coroa e brincar de rei do bosque.
Subia por seu tronco, balançava em seus galhos e comia maçãs.
E brincavam de esconde-esconde.
E quando estava cansado, dormia embaixo de sua sombra.
O menino amava a árvore. E a árvore era feliz.
Mas o tempo passou, o menino cresceu e a árvore estava sempre sozinha.
Porém um dia o menino veio até a árvore e ela lhe disse: “Vem, menino, vem e sobe em meu tronco, balança por entre meus galhos e come maçãs, e brinca em minha sombra e sejas feliz”.
Já sou muito grande para subir e balançar – disse ele – quero comprar coisas e divertir-me, necessito de dinheiro, podes dar-me?
Eu sinto – disse a árvore – mas não tenho dinheiro. Só tenho folhas e maçãs. Colhe minhas maçãs e vende-as na cidade, assim terás dinheiro e serás feliz.
Assim, ele subiu na árvore, recolheu as maçãs e as levou.
A árvore se sentiu feliz.
Porém, passou muito tempo e seu menino não voltava e, a árvore estava triste.
E então, um dia, o menino regressou.
A árvore se agitou alegremente e lhe disse: “Vem menino, sobe em meu tronco, mete-te em meus galhos e sejas feliz”.
Estou muito ocupado para subir em árvores – disse ele. Necessito de uma casa que me sirva de abrigo. Quero esposa e filhos e, por isso quero uma casa, podes dar-me?
Eu não tenho casa – disse a árvore – o bosque é o meu lugar, mas podes cortar meus galhos e fazer uma casa. Então serás feliz.
O menino cortou os galhos e os levou para construir sua casa.
E a árvore se sentiu feliz.
Porém passou muito tempo e seu menino não voltava.
E quando regressou, a árvore estava tão feliz que apenas podia falar. Vem, menino – sussurrou – vem e brinca.
Estou muito triste para brincar – disse ele – quero um barco que me leve longe daqui. Podes dar-me?
Corta meu tronco e faze um barco – disse a árvore – então poderás navegar longe e serás feliz.
O menino cortou a árvore fez um barco e navegou para longe.
E a árvore se sentiu feliz, mas não plenamente.
E depois de muito tempo, seu menino retornou novamente.
Sinto, menino – disse a árvore – mas já não tenho nada para dar-te. Não sobraram maçãs.
Meus dentes são muito fracos para comerem maçãs – respondeu.
Já não tenho galhos – disse a árvore – não podes mover-te entre eles.
Estou muito velho para mover-me entre os galhos – respondeu ele.
Já não tenho tronco – disse a árvore. Tu não podes subir.
Estou muito cansado para subir – disse ele.
Sinto – lamentou-se a árvore – quisera poder dar-te algo, mas já não me sobrou nada. Sou apenas um velho toco, sinto muito.
Eu não necessito muito agora – retrucou o menino – só um lugar tranqüilo pra repousar. Estou muito cansado.
Bem – disse a árvore, reanimando-se – um velho toco é bom para sentar e descansar. Vem menino, senta-te, senta-te e descansa.
E ele se sentou.
                              E a árvore estava feliz.


terça-feira, 21 de junho de 2011

O ser humano e o poder

Acredito que em poucas frases e palavras conseguimos resumir a relação do ser humano e o poder.
Se você duvida disso, que tal conseguir um pouco de poder? Com certeza você ja tem, e muitos...


“A soberba do homem o abaterá, mas a honra sustentará o humilde de espírito.” (Povérbios 29.23)

"Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder." (Abraham Lincoln)

"Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Essa minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e pôr-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana." (Mikhail Bakunin 30/05/1814 – 01/07/1876), filósofo anarquista russo do século XIX, defendia que as energias revolucionárias deveriam ser concentradas na destruição das “coisas”, no caso, o Estado, e não das “pessoas”.
 
 
"Nenhum homem conquista o poder, é o poder que conquista o homem." ( Pierre-Joseph Proudhon)